“Dom divino”: profissionais da SOP relatam suas experiências com a maternidade

12 de maio de 2023 - 11:21 # # # #

Texto: Airton Lima / Vídeo: Eudes Brasil

Jornada dupla de trabalho, acúmulo de funções no lar, buscar um tempo de qualidade com os filhos; esses são alguns desafios comuns enfrentados por quem opta pela jornada de maternar, sobretudo quando esta experiência está dentro do um contexto de gerações com hábitos de vida cada vez mais acelerados. Neste mês das mães, a Superintendência de Obras Públicas (SOP) traz uma homenagem às suas colaboradoras que vivenciam a marcante e transformadora maternidade.

A secretária Regina Barroso, mãe da Rebeca (32), teve que se preparar para lidar com um cenário inesperado logo após o nascimento da filha, diagnosticada com glaucoma congênito, condição rara dos olhos que afeta de recém-nascidos às crianças. “A Rebeca é deficiente visual, foi diagnosticada desde o nascimento, algo que para mim foi chocante de lidar no primeiro momento. De início, era sofrido porque ela teve que fazer diversas cirurgias nos olhos, mas com o passar dos anos, acabei encarando essa condição da minha filha como um presente de Deus. A falta da visão dela nos deixou mais fortes”, relembra.

Emocionada, Regina estampa a transformação que foi maternar Rebeca e o orgulho de suas conquistas diante das adversidades. “Ela é corajosa, confiante e muito determinada. Hoje tem uma vida praticamente normal; se formou, é professora de Italiano, está concluindo o mestrado e além de tudo isso expõe os quadros que pinta”.

Regina em exposição dos quadros de autoria de Rebeca

Um sentimento passado de mãe para filhos

A recepcionista Melry Albertt, mãe da Eduarda (15) e do Emanuel (8), encontrou no futebol uma forma de se divertir com os filhos e fortalecer o vínculo materno. “Meu pai é tricolor, aprendi com ele a amar o Fortaleza e incentivo meus filhos também. Comecei pela Eduarda, trazendo ela ao Castelão e quando surgiu a oportunidade passei a trazer os dois”, explica.

Melry e os filhos, Eduarda e Emanuel, em partida no Castelão

Como mãe e torcedora, ela observa uma certa surpresa das pessoas quando ao vê-la acompanhada dos filhos no estádio sem uma figura paterna. “As pessoas comentam, falam que sou corajosa de vir com os meninos para assistir as partidas, o que não aconteceria se fosse o contrário. Quando se trata de uma mãe dizem que ‘tem que ter coragem’, na verdade, tem que ter amor”, conclui.

Projeto Família

Desde a juventude, a engenheira civil Vilanice Oliveira tinha um espírito materno aflorado, pois foi quem criou os irmãos mais novos. Com a maternidade, vieram os filhos Isabel (35) e Raul (33), além de dois netos. Vilanice se desdobra como pode entre a rotina corrida dos orçamentos de projetos e fiscalização de obras, e a atenção com a família: “Como já são adultos, ‘meus bebês’ [Isabel e Raul] não precisam tanto de cuidados, mas meu apoio é incondicional. E com os netos, nem se fala! Faço questão de eles estarem sempre por perto. Sou uma avó bastante presente, mesmo que eu tenha que deixar o trabalho para de noite, depois que eles dormem”, observa.

Vilanice, seu esposo José Barbosa e a família em momento de lazer

Através da própria expertise na área de Edificações, Vilanice conseguiu conciliar o tempo curto para o lazer em família e a vida profissional, mantendo filhos e netos próximos. “Quando os meninos ficaram maiores, resolvemos morar todos no mesmo espaço. Então eu projetei e construí um prédio de dois andares; planejei as instalações, os cômodos, tudo para acomodar bem minha família. Hoje eu moro no térreo, o Raul com meus netos no primeiro andar e a Isabel no segundo. Isso facilita muito nossa convivência, as festinhas e reuniões de família. Foi a realização de um sonho!”, exalta.

Um dom divino

Devota de Nossa Senhora de Fátima, a assistente de Recursos Humanos Núbia Olímpio não abre mão de educar os dois filhos, Fleury (29) e Flávio (22), e os três netos de acordo com os princípios cristãos, encarando a maternidade como uma missão de vida.

“O medo sempre vai existir porque é um medo em que se imagina que aquela vida depende de você e como você vai transformar aquele ser tão pequeninho em um grande homem ou uma grande mulher, mas a receita é ser temente a Deus, acreditar e confiar”, ressalta Núbia.

Núbia, seu esposo Flávio Henrique e a família em cerimônia religiosa

“Ser mãe é reconhecer até um sorriso, um olhar triste, ser mãe é repreender também com o olhar. Ser mãe é dom divino. Essa é a nossa missão, de gerar vidas e essas vidas geram outras vidas, e essas vidas nos trazem felicidade. Porque enquanto seres humanos nós temos que acreditar na humanidade”, conclui.